sábado, 10 de outubro de 2009

Grêmio x Curintcha

No intervalo do jogo de hoje, agora, (Grêmio perdendo de 2 x 0 pros gambás) lembro desse texto que o Bio me passou, recentemente.
Portanto, o post é especialmente para o Bio, hoje.



DIÁRIO DELA
No domingo à noite ele estava estranho.
Saímos e fomos até um bar para tomar um drink.
A conversa não estava muito animada, de maneira que pensei em irmos a um lugar mais íntimo.
Fomos a um restaurante e ele AINDA agindo de modo estranho.
Perguntei o que era, e ele disse que nada, que não era eu.
Mas não fiquei muito convencida.
No caminho para casa, no carro, disse-lhe que o amava muito e que ele era muito importante pra mim.
Ele limitou-se a passar o braço por cima dos meus ombros.
Finalmente chegamos em casa e eu já estava pensando se ele iria me deixar!
Por isso tentei fazê-lo falar, mas sem me dar muita bola ligou a televisão, e sentou-se com um olhar
distante que parecia estar me dizendo que estava tudo acabado entre nós.
Por fim, embora relutante, disse que ia me deitar.
Mais ou menos 10 minutos ele veio se deitar também e, para minha surpresa correspondeu aos meus avanços, e fizemos amor.
Mas depois ele ainda parecia muito distraído e adormeceu.
Comecei a chorar, chorei até adormecer.
Já não sei o que fazer.
Tenho quase certeza que ele tem alguém e que a minha vida é um autêntico desastre.

- DIÁRIO DELE
O meu time perdeu.
Fiquei chateado a noite toda.
Pelo menos dei umazinha.
Mas, ainda tô chateado... time de bosta!...

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

I only have one life to live.

Eu tenho meio que essa essência morna, branda, que não surpreende muito mas fala com os olhos...que não exige atenção 24 horas por dia, mas que tenta ser importante por 5 segundos.
Eu sou do tipo que aparenta ser bem mais forte do que realmente é, e que, tá, tudo bem assim.

E se no meio do caminho tiver uma pedra? Eu carrego-a.

Aqui, agora, sentada no escuro me vem um monte de perguntas sem respostas, um monte de coisas que eu gostaria de saber e nem sei se algum dia vou descobrir o propósito, mas também não martelo muito. Depois de um tempo aprendi que nem sempre é necessário definir algumas situações. Nem tudo é preciso de um nome, nem tudo é preciso ser formulado dentro de um estereótipo. É uma sensação diferente, já que mesmo sendo bom, sempre existirá aquela sensação de 'não saber o próximo passo', afinal, se está lidando não só com as pessoas em questão, mas também com as coisas ao redor.

Relendo alguns posts anteriores, me surpreendi: mudo mais e mais. Não acho ruim, vou tentando consertar o que julgo ruim, mas sempre manter a essência, o sorriso meio idiota, o coração aquecido, a sinceridade em evidência.

Miro alto e talvez demore mais do que o esperado, mas eu chego lá. Tenho energia e teimosia o suficiente pra seguir, pois há cada pedra no caminho a força aumenta. Tá certo que se Murphy quiser parar de tirar onda da minha cara e dar uma força, eu não vou reclamar, mas do lado de cá, em geral, cuido eu.

E ainda que o sorriso não seja o mesmo de anos atrás e que as mãos já não sejam tão suaves assim, os olhos mantêm o castanho-avermelhado transmitindo vida.

sábado, 29 de agosto de 2009

Bem querer.

"E quando o meu bem querer sentir
Que o amor é coisa tão fugaz
Há de me abraçar com a garra
A garra, a garra, a garra dos mortais.

E quando o seu bem-querer pedir
Pra você ficar um pouco mais
Há que me afagar com a calma
A calma, a calma, a calma dos casais

E quando o meu bem-querer ouvir
O meu coração bater demais
Há de me rasgar com a fúria
A fúria, a fúria, a fúria dos animais..."





P.s.: Chico sabe das coisas.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Falando do Peixão.

Bom, todos que me conhecem o mínimo do mínimo, sabem que eu sou gremista doente, louca pelo meu time, desde criancinha. Grito, berro, pulo, xingo, me preocupo com a parte tática. Já chorei vendo o Grêmio jogar, de tristeza ou de alegria. E quando me perguntam o motivo pelo qual eu me importo tanto, pq futebol - e em especial o Grêmio - tem tanta importância pra mim, o que me faz ser gremista, o que me vem a mente é a questão "sentimento". Não existe lógica para o futebol, quando se trata de torcedor.

Como o Bio disse certa vez: como explicar a paixão por algo que não te tráz recompensa financeira, muito pelo contrário, muitas vezes te dá prejuízos em termos de grana, tentando ir para o lado lógico? Não tem como.

Hoje, quinta-feira, pós jogo do Grêmio x Santos, eu abro o blog pra escrever "Porque eu acompanho o Falando do Peixão, mesmo sendo Gremista doente".

Fazendo um breve resumo, o Falando do Peixão é um blog que começou aqui no blogspot e logo em seguida foi convidado para participar do SantistaRoxo.com.br , com textos do Bio, do Pedro e do Noronha.
Comecei a acompanhá-lo pelo fato de que o Bio - Santista, Caiçara, que eu adoro - escreve nele e eu, particularmente, gosto muito das coisas que o Bio escreve.

Notoriamente, Pedro e Noronha seguem para um lado mais tático, mais técnico em seus posts, mas, vez ou outra encontro textos deles falando totalmente com o coração. Aliás, isso é algo que, ao passar a "conviver" com um santista, eu aprendi: santistas falam, em grande parte do tempo, com o coração, quando o assunto é o Santos, por mais racionais que sejam.
Talvez, por isso, eu adquiri com mais facilidade essa simpatia pelo Santos, por saber que nós, gremistas, em sua grande maioria, também temos esse sentimento de amor incondicional (Com o Grêmio, onde e como ele estiver, na boa ou na ruim).
Já o Bio, que se encaixa no grupo de pessoas extremamente racionais, tem uma maioria de posts 'sentimentais', carregados de situações em que, o que fala é a paixão pelo "Santástico", como ele mesmo diz.

Pois bem, de "acompanhar o Falando do Peixão por ter um amigo que escreve deveras bem, nele", eu passei para "acompanhar o Falando do Peixão por gostar do conteúdo geral que se encontra nele". Por que eu gosto da questão sentimento que eu encontro nas postagens, porque adquiri essa simpatia também pelo Santos, por saber que o Santos tráz alegria para alguém importante.

Ontem, durante o jogo, meu coração estava na boca. Não gritava, não levantava da cadeira, só assistia com atenção. Quando o gol do Santos saiu aos 34 minutos do segundo tempo, não xinguei a defesa do Grêmio, nem o ataque do Santos.

Só teve um motivo que me fez não ficar muito triste por aquele gol, sendo que meu Grêmio precisava - e precisa - pontuar pela primeira vez fora de casa. O motivo nem convém citar aqui, é pessoal e quem precisa saber, assim acontecerá.

Não fiquei triste, irritada, decepcionada com o jogo de ontem. Eu, que a cada fim de jogo falo sem parar de tal fato, sendo o jogo em questão uma vitória ou uma derrota, ontem fiquei "na minha".

Depois de todo esse texto, só tenho a dizer que, não Bio, eu não vou virar santista (Gremista sempre, já disse isso), mas que ontem eu abri uma exceção e nem fiquei chateada pelo meu Grêmio ter perdido pro teu Santos, pro Santos do Noronha, do Pedro e de tantos outros santistas que nutrem esse sentimento de paixão inexplicável.

Assim como tu diz que ser santista não tem explicações, ser gremista também.

E recomendo que acompanhem o Falando do Peixão, vale a pena.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Ad Infinittum

há dias tentando verbalizar um post leve, bonito, suave aos olhos, mas, quando acontece algo que te faz perder todas as palavras bonitas que foram adquiridas com esforço, dia pós dia, eu sou obrigada a 'deixar o verão pra mais tarde'.

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Fazendo um resumo rápido, hoje fui fazer minha rematrícula e me deparo com Português 6 esgotado. A maioria das pessoas que tem um leve convívio comigo sabe que eu tenho uma matemática pendente, ou seja, esse semestre agora vou fazer a Matemática 5 (são 6 semestres, ao total).
Semestre passado já havia ocorrido um problema em relação ao Inglês 1 (são dois semestres de inglês), que eu deveria fazer semestre passado, já que não havia feito nenhum, ainda. Okay, deixei passar...Só que aí, hoje eu sou informada de que, como eu tenho uma matemática pendente e o português 6 está esgotado, eu simplesmente não vou ter português esse semestre, e no último semestre que eu deveria fazer só a motherfucker da matemática, por ter repetido, vou estar cursando não só a matemática, como também português e inglês.

Lindo, ?

Pois é...é muito bonito bater no peito e dizer que "a escola em que eu trabalho é por método facultativo, prioriza o ensino objetivo, para não prejudicar alunos que só tem dificuldade em uma disciplina", mas aí quando o bicho pega, não segura a bomba?

De fato, uma escola por método facultativo é uma mão na roda para alunos como eu, que sempre tem notas ótimas em todas as matérias, porém, encontram problemas com alguma matéria em específico. O problema e o questionamento começa quando, há semestres à fio, percebe-se que a escola não está dando conta de segurar o sistema.

Se uma instituição não consegue manter de forma lógica, coerente e íntegra (e friso bem o íntegra, só pra constar) os métodos que ela resolveu adotar, a partir de algum momento, NÃO SE DEVE continuar com esse método! Não é lógico?
Não falo isso só pela minha insatisfação quanto a desorganização e o descaso para comigo, mas falo principalmente em relação às pessoas que, diferente de mim, não tem nenhuma matéria pendente, não tem que ficar um semestre a mais na escola e, muito provavelmente, vão ficar, pois as ÚNICAS duas turmas de Língua Portuguesa 6 estão esgotadas.

Não é óbvio que em uma escola com mais de mil alunos (não sei ao certo, exatamente), duas turmas de Língua Portuguesa para o turno da manhã é, definitivamente, pouco? Eu diria que é até ridículo, de tão pouco.

Mas, como sempre vale a máxima de que "o aluno fala demais, o aluno reclama demais, o aluno dramatiza demais", se eu falo isso para o diretor, ou para alguém da coordenação, o máximo que eu vou adquirir é uma marcação bem serrada para os próximos dois semestres que me aguardam.

Por que do título "Ad Anfinittum"?
Aquela frase básica: Só me fodo nessa merda. [ad infinittum...].


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P.s.: Pelo amor do santo Deus que vocês crêem tanto, PAREM de tentar me evangelizar.

Uma conversa sobre degeneração, velhice, loucuras...

...Com alguém que me conhece desde quando eu ainda tinha alma de criança - ou fingia bem tal comportamento hahahaha.


Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:16):
mas uma hora isso ressurge. nem q seja so uma centelha do brilho verdadeiro
Luna diz (04:17):
como descobrir o amor genuino aos 90 anos de idade, no maior estilo gabriel g.?
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:17):
indo procurar um garoto de programa xD
Luna diz (04:17):
haahhaahaha!
Luna diz (04:17):
a nossa cara, vai dizer?
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:17):
huahuahauhauhauahuahuahauhahau
Luna diz (04:17):
apesar de eu ser totalmente contra pagar por sexo
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:17):
e virgem!
Luna diz (04:17):
HUSHUSHUSHUSHUSHUSHUSHUSHUS
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:17):
gahahjauahsuahHSHAUSHUAHUAhu
Luna diz (04:18):
que ótimo
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:18):
é bem nossa cara mesmo
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:18):
acho q foi por isso q meu irmão me deu d presente
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:18):
o livro
Luna diz (04:18):
tiramos a noite pra rirmos das nossas desgraças em conjunto
Luna diz (04:18):
shushushushushushus
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:18):
hahahahahahahaha
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:18):
sessão novela mexicana!
Luna diz (04:19):
já imaginou, thomas?
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:19):
por isso q o cantor mika ta certo ao cantar Relax Take it Easy!
Luna diz (04:19):
nós duas velhotas, mais resmungonas do que nunca, cheia de gatos, bebendo e enlouquecendo cada vez mais?
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:19):
hahahahahahhahagsahgshagshgahgsgahsghagshagshga
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:20):
eu me vejo assim tdos os dias Luna!
Luna diz (04:20):
hahahahahahaaa
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:20):
é deprimente mas é o q vejo!
Luna diz (04:20):
o que me alivia é saber que, apesar dos desencontros, apesar dos km, vai ter tu aí, (ou em algum outro lugar, seilá) pra ver que eu não to enlouquecendo sozinha, tosca!
Luna diz (04:20):
HUSHUSHUSHUSHUSUHS
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:21):
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Luna diz (04:21):
pq tu sabe, a nossa coerência, o nosso senso de diferenciação, equilibrio, esse lance de 'sacar as coisas além', que são lindos e nos priorizam hoje, na velhice nos fode absurdamente.
Luna diz (04:21):
e os ignorantes envelhecem saudáveis enquanto a gente pira :~
Luna diz (04:21):
tira borboletas do cabelo
Luna diz (04:22):
fala sozinha e lembra de quando nossos peitos ainda eram empinados (ou quase isso)
Luna diz (04:22):
suhshushushushushusuhsuhsuhsuhss
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:22):
huahsuhaushuahushaushuahushauhsuahushauhsuahu
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:22):
cara assim vc nos ve como Delirium idosas!!!
Luna diz (04:23):
hahahahahaahaha
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:23):
imagina qdo o Alzeimheir bater a nossa porta
Luna diz (04:24):
melhor Alzeimheir do que Parkinson, gata
Luna diz (04:24):
pelo menos com Alzeimheir eu não derrubo a cerveja!
Luna diz (04:24):
hahahahahahahahaahah
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:24):
huhaushauhsuhaushauhsuahushuahushau
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:24):
é mas sera q vc vais e lembrar da cerva gata?
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
se bem q minha avó jamais eskeceu do cigarro dela
Luna diz (04:25):
aí, oh!
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
do nome dos filhos ela eskeceu,mas do cigarro....
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
huashasuhassahauhsuhasuhaushauhsuahsuahus
Luna diz (04:25):
shushushushushushus
Luna diz (04:25):
to podre hoje, né?
Luna diz (04:25):
hhahaah
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
hahahahahahaha
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
podrezima
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
mas eu qm comecei a ser podre hj
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:25):
tda nostalgica
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:26):
é luna,vamos acabar as duas bem velhas
Ka.Rin.Coma - my problem is you diz (04:26):
e tri loucas
Luna diz (04:27):
sim!
Luna diz (04:27):
mas enquanto a gente não pira na velhice
Luna diz (04:27):
piramos de maneira desconcertante na 'juventude'.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Então vai, tenta um pouco mais.

Eu não pude deixar de notar, ela mal querer se rebelar. tem dias em que a gente até se perde um pouco. e a gente sabe que ninguém mais vai ficar no céu azul quando a noite for embora, e a gente vai queimar os pés no asfalto. enquanto o céu azul nos tornar mais velhos, outro dia a mais. e a gente tem que ir descobrir a nossa hora, então vai, tenta um pouco mais. até agora eu não vi nada assim demais. hey, vai. antes de assistir o céu azul quando a noite for embora, e a gente vai queimar os pés no asfalto, enquanto o céu azul nos tornar mais velhos, outro dia a mais. e assim eu vou, e assim a gente vai, até o final, até a parede mais próxima pra nos fudermos ou derrubá-la.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

At 1am

...À uma da manhã
Ela está apenas esperando
como a sombra olhos pretos, cabelos castanhos,
mas ela não se importa...'



E nada mais fazia sentido.
A noite foi embora, o dia chegou, e ela continuava de olhos fechados,
sentindo as fisgadas no peito, e as dores nas mãos.
Ela sinceramente nunca quis dizer adeus, mas seus lábios disseram.
E mais que seus lábios: seus olhos.

Sentiu-se um lixo, um nada, por querer correr daquele lugar, porém, suas pernas não se moviam.
Nunca fez sentido algum, toda aquela história de que amor revigora tudo.
E falo do amor em geral, não só do sexual.
Viu o quanto havia perdido, financeiramente, e na sua vida pessoal.

Levantou, suas pernas já não doíam mais, sorriu, da forma mais convincente possível, e foi em direção aos trilhos.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Entre nós.

Sinto mas escolhas foram feitas.
Na verdade cedo ou tarde iria acontecer.
Se sou capaz de levar isso adiante?
Confesso que em alguns instantes eu olhei pra trás.
E quantas noites eu atravessei em claro,
Tentando esquecer como eu estava errado.
Queria tanto te dizer o quanto eu sinto saudades de ir pra "sua casa" todo fim de tarde.
Não sei mais se certo ou errado agi,
Só sei quanto machuca ter que assim me dividir.
(não...)Tanto faz.
Te tenho nos meus planos e espero que não seja tarde quando eu (você) voltar.
Sei que egoísta eu fui,
E estou tentando ser melhor.




Falante - Entre Nós.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Zelig.

Acho que já mudei tudo o que tinha pra mudar pelos outros - e por mim, também, nunca pelos outros - , e é até engraçado perceber que quaisquer mudanças que venham a acontecer, muito provavelmente vem de dentro, da minha necessidade de me adaptar ao meio. Tudo bem que eu sempre preferi fazer o meio se adaptar a mim, mas nem sempre dá certo, whatever.

Me assusta um pouco esse turbilhão de ideias, de não saber pra onde ir, de ter um monte de vontades, um monte de energia, vigor, e nem um puto para executá-las. É foda essa tal de ambição.
Muitas vezes quero dar passos bem maiores que minhas pernas suportam, aí tropeço. Não tem problema, eu levanto, sempre levantei.

Me ausentei de mim mesma por alguns dias, fiz questão de não pensar em nada que me deixasse confusa, independente de qualquer assunto em questão.

"Estive fora por alguns dias e não é fácil estar aqui de pé"


Percebi que os sorrisos de fora são auxílio - muito importantes, óbvio, nunca poderia subestimá-los - , e que enquanto eu não por na minha cabeça que o sorriso maior tem de vir de dentro, tudo vai continuar escuro, confuso.
A mudança vem daqui, não de leste, oeste, sudeste ou qualquer outro canto que não seja aqui dentro.

" - Porra! - Gritou.
Amaranta, que começava a colocar a roupa no baú, pensou que ela tinha sido picada por um escorpião.
- Onde está? - perguntou Amaranta.
- O quê?
- O animal! - esclareceu Amaranta.
Ursula pôs o dedo no coração.
- Aqui - disse."


Preciso muito cuidar do meu "animal", do meu escorpião, senão, quem acaba picada sou eu mesma.

"So you're not ready for detox, turn on the radio!"



Eu sei, muitas citações, referências, trechos em um único post. Mas é pra definir melhor. E óbvio que eu não poderia acabar esse post sem esse trecho, que tem absolutamente tudo a ver com todas as palavras ditas acima:


"Que é tão difícil enquanto você não quiser
Fazer dos seus limites um ponto qualquer
Que não te impede de enfrentar o que vier
E eu sei falar não vai mudar
enquanto não fizer por você e por mais ninguém"

sábado, 27 de junho de 2009

Lapso

Ando sem rumo.
Assumo.
Não sei onde coloquei os passos que trilhei
As dores que agüentei.
Queria saber para aonde foi meu olhar.
Os abraços a realizar.
E quando eu te falar das palavras que você não ouviu,
Quero apenas que lembre das vezes em que sorriu.
Mesmo não sentindo o calor, aqui estou.

Quero agora um pouco de vida,
Alegria pra minha agonia.
Não sentir mais o coração tão forte,
Ou os olhos cheios de sentimentos, não corte.

De tudo o que foi dito, eu quero mais.
Nunca o bastante, talvez até paz.
Dias intermináveis de risadas.
Só não sei ao certo por onde seguir, por qual estrada.

É que o que eu sinto não se explica, nem se limita.
Talvez eu até pensasse em desistir...
Mas não é isso a minha vida.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

I've got nostalgic pavements

Não sei escrever sobre o sorriso.
Não sei escrever sobre o alívio.

Não sei, em geral, escrever sobre os abraços apertados...e eu queria.
Talvez eu não saiba colocar em palavras o que é escasso em gestos, no meu dia-a-dia.
É mais fácil pra mim, transpor em verbos, substantivos, ditongos, hiatos, a sensação dos dentes serrados, do meio-sorriso, simulando uma quase satisfação, ou então o simples fato de não ligar (ou fingir que). É menos complexo descrever os ossos despedaçados, a fissura na fundação, as mãos trêmulas, do que a tranquilidade.

Não significa que meus passos são movidos à desespero...pelo contrário. Cada passo adiante, por aqui, é calculado e sob medidas. É tão milimetricamente previsto que eu gostaria que as mãos tremessem, que dos olhos escorressem lágrimas, que a voz se fizesse alta o suficiente. Mas a calma não deixa. Aí eu coloco em palavras...escrevo e reescrevo, na tentativa de expulsar (ou reforçar) essa vontade. Não tem mal algum.

Se eu sorrio por fora, no papel eu exprimo o desejo de não-mais.
Não mais me conter;
Não mais sorrir só pelo canto;
Não mais manter sempre a calma.

É irônico mas, vezenquando eu gostaria de perder o controle.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Love Reign O'er Me

Only love
Can bring the rain
That makes you yearn to the sky
Only love
Can bring the rain
That falls like tears from on high

Love Reign O'er me

sábado, 20 de junho de 2009

Do que eu já nem sei mais.

Por esses dias tem me dado uma saudade disso aqui, uma dó de ter deletado tudo o que um dia já havia postado. Acho até que talvez eu possa reconstruir, não sei ao certo.
Sinto saudade de despejar as coisas aqui sem receio algum, também não sei se ainda tenho essa capacidade...acho que deixei minha intensidade no meio do caminho. Mas como eu disse em um texto que escrevi há alguns anos:

Não que eu os tenha jogado fora (os sonhos),
Continuam aqui, guardados, íntegros...
Mas fato é, que algumas mudanças aconteceram.
Pra mim, os sorrisos que eram refletidos, por causa desse sentimento aqui dentro,
Os mesmos que vinham de toda alma, agora vêm apresentando-se de outra forma


É tudo muito calmaria e sinceramente, isso nem sempre me agrada. Queria voltar a dar a cara a tapa como antes, aí me vem um receio, quase como borboletas no estômago e então eu aquieto.
Não significa que minha personalidade se perdeu...mudei muito nesses últimos anos, mas a essência é a mesma. Eu continuo mal humorada como sempre, continuo com os sorrisos de canto de boca, continuo expondo minha opinião sobre tudo que acho certo e errado, mesmo que doa aos outros.
O problema é que em geral, eu não tenho mais conseguido sorrir gratuitamente. Só por sorrir, sabe? Ali no espelho eu não vejo o reflexo que imaginava pra mim, nesse momento, e de certa forma decepciona...e não é nem um pouco do meu feitio ficar parada esperando que o "destino" ou qualquer coisa que o valha melhore isso por mim. Não vai, eu sei. Meu "destino" quem faz sou eu, desde essa decepção ao olhar pro espelho do tempo, até o fato de que eu sei que muito mais me espera.

E nesses dias tem martelado na minha cabeça uma frase incessantemente:

"Estes sapatos não me cabem mais, ainda me lembro quando eram confortáveis".

Quero sapatos novos e vou fazer por onde.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Elementos do dela; sentimentos meus.

"Parece cocaína, mas é só tristeza..."

Mesmo antes de ler o post da Mayah, algo me remetia ao Renato. Mas não existia nada de concreto, nenhuma letra em específico. E heis que essa frase define muito.

A sensação no momento não tem nada a ver com o frio que eu sinto por causa dos 10°C. Talvez uma palavra próxima, eu diria "frieza". É que, como eu já havia dito em alguns textos, percebo as coisas esfriarem por aí enquanto aqui dentro tudo continua fervando, pulsando.

Ainda em Legião, eu diria: "Eu nem sei porque me sinto assim, vem de repente um anjo triste perto de mim..."
Não esquecendo de passar por: "Mudaram as estações, nada mudou, mas eu sei que alguma coisa aconteceu, tá tudo assim tão diferente..."

O resto da música eu não canto pelo simples fato de acreditar que é "pra sempre". Da forma que der, da maneira que a gente puder...mesmo que seja só isso aí.

A única coisa coerente que me vem a mente agora, é isso:

"os trens voltaram, agora posso te ver. pego o primeiro vagão e corro ao teu encontro".


E não tem nada a ver com romance, mas sim com um 'colo' da forma que se pode oferecer, devido às circunstâncias.

Os trens voltaram, agora posso te ver. pego um trem por um desses fins de semana e corro ao encontro de vocês que me mantém com os pés no chão.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Para Mayah.

De Caio para Nós; de Nós para o mundo.

Extremos da Paixão - In Pequenas Epifanias (Caio)


"Não, meu bem, não adianta bancar o distante
lá vem o amor nos dilacerar de novo..."


Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou "o que foi?" - perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo(a), há então uma morte anormal. O NUNCA MAIS de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter NUNCA MAIS quem morreu. E dói mais fundo- porque se poderia ter, já que está vivo(a). Mas não se tem, nem se terá, quando o fim do amor é: NEVER.
Pensando nisso, pensei um pouco depois em Boy George: meu-amor-me-abandonou-e-sem-ele-eu-nao-vivo-então-quero-morrer-drogado. Lembrei de John Hincley Jr., apaixonado por Jodie Foster, e que escreveu a ela, em 1981: "Se você não me amar, eu matarei o presidente". E deu um tiro em Ronald Regan. A frase de Hincley é a mais significativa frase de amor do século XX. A atitude de Boy George - se não houver algo de publicitário nisso - é a mais linda atitude de amor do século XX. Penso em Werther, de Goethe. E acho lindo.
No século XX não se ama. Ninguém quer ninguém. Amar é out, é babaca, é careta. Embora persistam essas estranhas fronteiras entre paixão e loucura, entre paixão e suicídio. Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira:compreendo sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe,berrando de pavor para o mundo insano,e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó.O que ou quem cruzo entre esses dois portos gelados da solidão é mera viagem: véu de maya(h), ilusão, passatempo.E exigimos o terno do perecível, loucos.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Não faz assim, não diz assim — é muito pouco — não vai dar certo — anormal, eu tenho medo — medo é culpa, medo é moral — não vê que é isso que eles querem que você sinta? medo, culpa, vergonha — eu aceito, eu me contento com pouco — eu não aceito nada nem me contento com pouco — eu quero muito, eu quero mais, eu quero tudo.

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Pq chorar não resolve, mas alivia. E eu não aceito essa condição imposta sobre nós dois. A gente faz acontecer...mesmo que demore.
Vou dizer o que eu vejo: uma casa, um fusca. Tua mão na minha.
Não tem problema cada lágrima derramada por não saber o que dizer...quando em seguida vem um sorriso claro e sincero por saber o que sentir.




Caio sempre nos entende.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Do que já não é.

Retiro daqui os meus sorrisos, minhas lágrimas, sentimentos, lapsos. Não os divido mais com o mundo, mas só com quem de fato interessa - à mim.

Talvez até volte com sorrisos alheios, mas não esperem nada que possa ser da Mayara, ou da Luna.

Vou vagando "noite à dentro", decifrando cada vez mais as coisas em mim mesma.
Agora, é uma reforma geral.


Cuidem-se, crianças.